O Princípio Bíblico da Generosidade
Leitura Bíblica em Classe: 2 Coríntios 8.1-5; 9.6,7,10,11
Palavras-chave: generosidade, caridade, contribuição, ofertar
Introdução
I. Exemplos de ações generosas (8.1-6,9; 9.1,2)
II. Exortação ao espírito generoso para contribuir (8.7-15)
III. Os princípios da generosidade (9.6-15)
Conclusão
I. Exemplos de ações generosas (8.1-6,9; 9.1,2)
• Professor inicie a aula com a seguinte pergunta: “O que é generosidade?” Ouça com atenção os alunos e depois escreva, no quadro-de-giz, a definição apresentada na sua revista.
• “Princípios sobre a contribuição no Novo Testamento, encontrada em 2 Coríntios 8-9. Deram-se a si mesmos. O que Deus quer de nós não é o nosso dinheiro. Quando nos entregamos ao Senhor, aderimos à contribuição (8.5). Lembre-se do exemplo de Cristo. Ele deu tudo para enriquecer as nossas vidas. As riquezas que temos nele são as verdadeiras riquezas, não a opulência material (8.9). Contribua na medida de sua possibilidade. O ato de doar não tem como objetivo empobrecer o contribuinte. O que agrada a Deus não é o montante da adoção comparada com a nossa disponibilidade, mas a disposição em fazê-lo (8.10-12). Contribua para satisfazer necessidades. A contribuição tem por objetivo prover as necessidades básicas de cristãos carentes. Este princípio reflete a vulnerabilidade do mundo do século primeiro aos famintos e à igreja nas perseguições, que geralmente significa que os crentes perderam seus meios de subsistência. O princípio de que contribuir era uma forma de externar a sensibilidade aos pobres e de que nossa preocupação maior ainda deve ser para com a carência humana e não com a questão de ordem patrimonial, pois a igreja de Jesus é gente. Contribuir é semear. A oferta é um investimento para o nosso futuro eterno. Quanto maior o investimento, maior será o retorno (9.6). O contribuir é um ato pessoal. O quanto a pessoa contribui é um problema entre ela e o Senhor. Deus não está interessado em dinheiro doado de má vontade (9.7). Contribuir é uma expressão de confiança. Deus é capaz de satisfazer as nossas necessidades e de prover muito mais do que precisamos para viver com alegria e sem temor (9.8-11). Contribuir estimula a oração. O recebedor louva a Deus e ora pelo doador” (9.12-15)
(Guia do Leitor da Bíblia. Rio de Janeiro, CPAD, p. 781).
II. Exortação ao espírito generoso para contribuir (8.7-15)
• “Paulo ilustra a reciprocidade mútua de recursos que expressa a verdadeira natureza da igreja por meio de colheita diária do maná no deserto pelos israelitas: ‘O que muito colheu não teve de mais; e o que pouco, não teve de menos’ (2 Co 8.15; Êx 16.18). Toda riqueza é como o maná do Senhor, destinada não à falta de moderação ou ao luxo, mas sim ao alívio das necessidades dos irmãos.
O critério da generosidade cristã que Paulo aplica nestes versículos inclui:
1) A magnitude da graça de Cristo;
2) A extensão da bênção material;
3) A dimensão das necessidades do corpo de Cristo.
Comentário Bíblico Beacon. 1.ed. Vol 8. Rio de Janeiro, CPAD, p. 453
III. Os princípios da generosidade (9.6-15)
“Paulo mostra que a “generosidade, quando realizada com o espírito apropriado, pode ser uma fonte de bênçãos a todos aqueles que estão envolvidos – aos outros, a Deus, e a nós mesmos. Em primeiro lugar, o apóstolo explica que o cristão generoso é ‘alguém que semeia’. Não há medo de destituição na generosidade, pois ‘dar é semear’ e semear significa esperar uma colheita. O mundo enriquece tirando dos outros; o cristão enriquece dando aos outros. Em uma das suas expressões contrastantes, Paulo sugere que existem duas maneiras de semear – pouco e em abundância – com as colheitas correspondentes. ‘Alguns há que espalham, e ainda se lhes acrescenta mais; e outros, que retêm mais do que é justo, mas para a sua perda. A alma generosa engordará, e o que regar também será regado’ (Pv 11.24,25). Aquele que semeia com abundância semeia ‘no princípio das bênçãos’, e com base nisto ele colhe. A ideia de bênçãos é o princípio da mordomia cristã (cf. Lc 6.38). Há outro principio coerente com este. Cada homem só deve dar aquilo que tenha proposto anteriormente no seu coração. O ato de dar não deve ser realizado com tristeza ou por necessidade (compulsão). O ato de dar que é motivado basicamente pela compulsão externa é realizado com dor e tristeza, e não pode estar de pleno acordo com a mente de Cristo. Deus ama ao que dá com alegria (Pv 22.8).O texto grego enfatiza alegria (hilaron) e em Deus. É da palavra hilaron que obtivemos a nossa palavra ‘hilariante’. Este versículo implica que o pagamento do dízimo meramente como uma obrigação legalista não é uma atitude cristã. O ato de dar, por parte de cada cristão, deve ser motivado adequadamente – ele deriva da graça e almeja abençoar”.
Comentário Bíblico Beacon. 1.ed. Vol 8. Rio de Janeiro, CPAD, pp. 455,456