30 de dez. de 2009

COMO OTIMIZAR O ENSINO NA EBD


Nós professores muitas vezes negligenciamos a didática acreditando que qualquer aula está muito bom e que basta passar o conteúdo; isso é uma completa ilusão, pois a nossa aula precisa ser a melhor possível, porque estamos fazendo-a para Deus e assim precisamos nos esforçar para colocarmos em prática alguns elementos didáticos na nossa prática docente para que o processo ensino-aprendizagem seja mais dinâmico e eficiente. O que se pretende é que nosso aluno de EBD cresça em todos os sentidos, como está na bíblia, na graça e no entendimento, seja apto para pregar, ensinar e defender a fé que professamos. Por tudo isso sugerimos que os irmãos leiam, reflitam e o mais importante coloquem em prática o que se segue:
 
Jamais faça uma aula de improviso

Sempre se planeje antes, ore, pesquise, estude o tema, debata com alguém, tire suas dúvidas. isso vai valorizar intensamente sua aula, o aluno sempre percebe quando o professor não se preparou, quando ele está inseguro, e assim o professor mata o aluno, pois tira o estímulo do mesmo e é por isso que muitas vezes o aluno deixa de freqüentar a EBD, pois ele vem e só escuta besteiras. É preciso se fazer uma aula com profundidade, com conteúdo. Eu aconselho você pesquisar em enciclopédias, manuais bíblicos, Bíblias de estudos, comentários bíblicos, dicionários bíblicos, revistas teológicas ou cristãs de boa qualidade (em outra oportunidade estarei repassando uma bibliografia). Se possível faça um curso teológico o mais rápido possível para ter um repertório global teológico mais consistente. Sabemos que a revista da CPAD usada em muitas igrejas já vem com algum subsídio mas não é o suficiente para o professor; a revista não deve ser uma fonte exclusiva da sua aula; ela deve funcionar como um roteiro, o enriquecimento da sua aula é uma tarefa essencial e só você pode fazer isso, é uma questão de compromisso, interesse e força de vontade de fazer o melhor possível para Deus e respeitar os seus alunos.


Objetivos

Lembre-se que escola dominical é uma escola e não um culto de adoração, louvor ou oração, portanto nunca fuja do assunto em pauta, nada de contar testemunhos, cantar, orar, contar anedotas, contar casos, entrar por assuntos paralelos, pois este não é o momento adequado. Cumpra sempre o que está proposto nos objetivos daquela aula, porque se não tudo perde o sentido, é uma pura perda de tempo e revela um total descaso do professor com a proposta da Escola Bíblica. Geralmente quem faz isso é o professor preguiçoso que não se preparou, que está ali de improviso. Isso é lamentável mas acontece muito; portanto, vigie. 

Aula participativa

Deixe o aluno participar ativamente da aula, abrindo espaço para ele questionar, tirar suas dúvidas, expor suas opiniões; isso tornará suas aulas mais dinâmicas, participativas, porém evite as polêmicas desnecessárias. Se por acaso um ou outro aluno tentar polemizar e não se não conseguir o consenso, peça para tratar particularmente com ele em outra oportunidade, mas dê seqüência à aula, agora cuidado nunca deixe seu aluno sem resposta, nunca deixe seu aluno na incerteza. Se no momento você não souber da resposta, a melhor saída é ser honesto, diga que no momento não sabe, mas que vai pesquisar e na próxima aula trará a resposta, mas não esqueça você assumiu o compromisso, então realmente traga a resposta na aula seguinte sob pena de cair no descrédito da turma. 
 

O aluno

Existe um conceito chamado Inteligência Emocional, onde nós devemos estimular o lado emocional do aluno. Portanto, conheça seu aluno, converse com ele, conquiste-o, não seja impessoal, distante, quanto mais você conhece seu aluno mais eficaz será a sua tarefa de ensiná-lo (no futuro breve falarei mais detalhadamente sobre Inteligência Emocional). Seja uma pessoa acessível, aberta a perguntas, a críticas construtivas, não dada a radicalismos, nem legalismos, disposta a rever seus conceitos desde que seja uma opinião contrária consistente.

É preciso respeitar a opinião do aluno, porém sua obrigação é ensinar o certo, desde que o certo tenha fundamentação bíblica consistente, fundamentada em regras de hermenêutica, em regras de boa interpretação bíblica. nunca ensine algo baseado em opiniões particulares, tradições, costumes e usos, se for o caso deixe claro que é uma questão pessoal, tradicional, é sempre bom basear-se em posturas de bons mestres, pois Deus levantou os mestres para edificar a igreja. Somente Deus é o dono da verdade, portanto a bíblia deve prevalecer acima de tudo, pois qualquer comentarista ou nós mesmos podemos estar equivocados, pense sempre nisso.


Torne sua aula agradável e produtiva

Use sempre um recurso didático extra para valorizar sua aula, se esforce para isso, pois a nossa tendência é somente dar aulas expositivas, porque é mais fácil. Se for uma aula que envolva Geografia Bíblica traga um mapa grande, colorido e mostre aos alunos na hora de explicar, por exemplo, sobre cidades antigas da bíblia. A capacidade do aluno aprender com métodos audio-visuais é muitíssimo maior. Use também o retroprojetor com transparências de textos e de figuras coloridas.Use ainda o álbum seriado, é simples e barato, feito com folhas de papel madeira onde você pode fazer esquemas, colar figuras, etc. Sempre que possível leve revistas para mostrar, incentivar a leitura, livros, atlas, descobertas arqueológicas, dados históricos, curiosidades bíblicas. Você pode promover mini-debates na classe sobre o tema da aula, avisando antes para eles estudarem, ofertar um prêmio para quem se sair melhor, etc. Pode-se também passar um vídeo, com documentário pertinente, um filme, uma vídeo-aula, trazer um convidado com formação específica naquele assunto (em breve estarei trazendo informações específicas sobre cada recurso).


O Professor

O bom professor é aquele indivíduo bem informado, antenado com o mundo que o circunda. Portanto, informe-se, atualize-se, adquira o hábito de ter uma postura sobre diversos assuntos, como política, ciência, ecologia, televisão, artes, religião, futebol, seja eclético. Saiba usar a internet, e-mails, leia edições como Veja, Isto É, Ultimato, Eclésia, assista bons filmes históricos, bons programas de televisão (tem muita coisa ruim mas descubra o que há de bom para o seu próprio bem e de seus alunos), Seleções do Riders Digest, se interesse por participar de seminários, semanas teológicas, debates, mesas redondas, encontros, convenções, visitar outras igrejas, ouvir muitas opiniões, adquira o hábito de conhecer, refletir e reter o que é bom, isso não é pecado, desde que você faça por fé e para a glória de Deus.



A graça e a paz de Cristo para todos.

Como Dinamizar o Ensino?

     A cena se repete domingo após domingo em todo o Brasil. Os alunos entram na classe da EBD, sentam-se em seus lugares (de preferência o mais perto da porta possível) e esperam “mais uma aula”. Seu professor chega pouco tempo depois, com a Bíblia e a revista da EBD debaixo do braço. Começam os pedidos e respostas de oração. Ninguém se lembra dos pedidos da aula anterior. Um aluno pede oração pela prima da vizinha que está doente, mas não lembra o nome dela.


* Depois de uma oração a aula começa.


* Ninguém se lembra do assunto da lição passada.


* Ninguém fez a leitura bíblica semanal.


* O professor começa a ler a lição da revista.


* Finalmente, graças a Deus, toca o sinal avisando que o tempo da EBD acabou.


     E ninguém consegue entender por que a freqüência da EBD é cada vez mais fraca.
    O caso apresentado talvez pareça ser um extremo, porém em muitas igrejas, infelizmente, não o é.

   Muitos professores gostam de culpar seus alunos supostamente “descompromissados” com a Palavra de Deus, e às vezes têm razão. Mas será que muitos não param de freqüentar a EBD por julgá-la cansativa e monótona para não se dizer, em alguns casos, sem vida?

     Espera-se do professor da EBD de hoje uma capacitação contínua em seu processo de aprendizado para que seu ensino seja dinâmico, inovador, motivador e contagiante.

     A realidade da grande maioria dos alunos da EBD é que muitos deles são alunos graduados ou pós-graduados, que buscam interagir neste processo de aprendizagem com informações e conhecimentos do mundo inteiro graças à globalização, e nós, professores, às vezes, não sabemos o que se passa diariamente em nossa cidade, pois não encontramos tempo para nos atualizar com as notícias.

“É preciso rever o perfil do professor, abandonando a imagem de ‘auleiro’, para redimentar a competência renovada e renovadora, crítica, capaz de estabelecer e restabelecer o diálogo inovador com os desafios do futuro, na cidadania e produtividade” (Pedro Demo. Desafios Modernos da Educação).


     Muitas são as “desculpas”, ou seja, os motivos pelos quais muitos professores alegam não mudarem suas aulas:


* Desinteresse dos alunos em estudar a lição;


* Falta de visão da liderança da igreja em capacitar e investir na área pedagógica;


* Falta de uma Biblioteca que atenda as necessidades da comunidade;


* Falta de instalações adequadas para ministração das aulas.


     Enfim, poderíamos continuar listando tantos motivos, atrás dos quais muitos professores se escondem para continuar acomodados confortavelmente em seu título de “professor da EBD”. No entanto, nenhum aluno pode ter em seu processo de aprendizagem seu aproveitamento prejudicado por acomodação do professor. Não basta declarar que é professor da EBD há 20 anos e que detém todo conhecimento necessário para a função, ou que é membro fundador da igreja e não tem mais nada para aprender. É necessário saber o que fazer e como fazer. Nunca é tarde para quem se propõe aprender.

     Nossas aulas dominicais precisam passar de um repasse de informações, para um cultivo da capacidade de reflexão, aplicação e mudança sobre a vida de nossos alunos a cada aula.

     Afinal temos um ótimo modelo a ser seguido, “O ensino de Jesus”. Este foi imprevisível e criativo, com práticas que garantiam maior impacto para suas palavras. Usava diálogos, perguntas e respostas para provocar a reflexão de cada ser humano por Ele abordado. Contava histórias que envolviam os outros ouvintes, até os mais “religiosos e doutores da Lei”, antes mesmo de eles perceberem que eles mesmos eram a “razão da história”. Se o Mestre dos mestres precisava ensinar com criatividade, o que dizer de nós?


O que fazer então para que minhas aulas se tornem mais atrativas e despertem o interesse dos alunos?


* Não tenha medo de mudar. Atualize-se. Utilize literaturas sobre educação. Existem muitos autores do ramo que merecem nossa atenção e que muito nos podem ensinar.


* Faça cursos de capacitação para professores. Se sua igreja ainda não tem, comece a mobilizar-se apresentando um projeto para seu pastor. Talvez ele só esteja esperando alguém que se disponha para assumir esta área.


* Coloque em prática sua criatividade. Mude a arrumação da sala de aula. Dê uma aula ao ar livre. Ofereça uma videoaula. Alimente o físico antes do espiritual. Ex.: faça um café, almoço ou lanche antes da lição.


* Transporte o aluno dos dias atuais para o mundo bíblico e vice-versa. Um pouco de conhecimento da língua hebraica e grega ajudará neste desfecho.


* Utilize todos os sentidos do aluno e não somente a audição.


* Dependa do Senhor e não somente dos métodos. Busque diariamente a dependência de Deus em todo o tempo, pois não são os métodos criativos que vão impactar seus alunos e sim a sua vida dirigida pelo Espírito Santo de Deus.


* Permita que seus alunos avaliem suas aulas. Reflita sobre o comentário deles e busque com humildade corrigir os seus erros e superar suas limitações.



Enfim, cabe a você, professor, fazer a escolha: lançar-se à capacitação ou continuar no lugar de acomodação?


Quero deixar uma frase para você: “É melhor tentar e falhar do que preocupar-se e ver a vida passar. É melhor tentar, ainda que em vão, do que sentar-se fazendo nada até o final. Eu prefiro na chuva caminhar, que em dias tristes, em casa me esconder. Prefiro ser feliz, embora louco, que em conformidade viver...” (Luther King,Jr.).

A Defesa do Apostolado de Paulo ((pelo Pb. José Roberto A. Barbosa))


Texto Áureo: II Co. 1.5
Leitura Bíblica em Classe: II Co. 1.12-14; 10.4,5

Objetivo: Mostrar que apesar dos dissabores e angústias da jornada cristã, jamais faltará a consoladora presença do Espírito Santo.
 
INTRODUÇÃO


Neste trimestre estudaremos a II Epístola de Paulo aos crentes de Corinto. Na primeira aula trataremos a respeito dos aspectos gerais dessa Carta. Em especial, contextualizaremos a cidade nos tempos do Apóstolo, a autoria, os objetivos, a data e a estrutura da Epístola, e ao final, apontaremos algumas lições que essa epístola nos trarão nas aulas seguintes.


1. A CIDADE DE CORINTO NOS TEMPOS DE PAULO


A cidade de Corinto nos tempos de Paulo situava-se no estreito istmo que ligava o Peloponeso ao território continental da antiga Grécia. Essa cidade foi construída sobre uma plataforma trapezoidal, com cerca de cinco quilômetros e meio a sudoeste da Corinto atual, ao pé de uma colina rochosa conhecida como Acrocorinto. Tal colina se levanta à altura de quase mil metros acima do nível do mar e abrange toda a paisagem ao redor. Essa cidade ficava no cruzamento de duas importantes rotas comerciais. A primeira era a que dava a volta pelo istmo, entre a Ática e o Peloponeso; a segunda, cortava o istmo, indo de Lecaion até Cencréia. A posição geográfica privilegiada de Corinto favoreceu o enriquecimento à custa dos impostos cobrados pela movimentação de mercadorias. Além da importância comercial, Corinto era reconhecida também pelos jogos realizados a cada dois anos e que atraiam muitas pessoas. No local havia um templo construído para a adoração a Afrodite no qual os transeuntes gastavam seu dinheiro com as prostitutas cultuais. Nos tempos do Apóstolo essa cidade estava debaixo do controle romano, ainda que tivesse características cosmopolitas em virtude da presença de pessoas dos diversos lugares que para lá se dirigiam em busca de enriquecimento. Paulo ministrou naquela cidade no período em que Cláudio era o imperador e permeneceu no local pelo período de dezoito meses, por ocasião da sua segunda viagem missionária (At. 18).


2. A II EPÍSTOLA AOS CORÍNTIOS: AUTORIA, DATA, OBJETIVO E ORGANIZAÇÃO


A autoria dessa Epístola aos Coríntios está explicitada em sua abertura: “Paulo, apóstolo de Jesus Cristo” (II Co. 1.1), além dos testemunhos históricos de Irineu, Atenágoras, Clemente de Alexandria e Tertuliano, todos do Século II. Essa é a carta mais autobiográfica do Apóstolo dos Gentios. Paulo enviara Timoteo a Corinto para levar a primeira Carta e regularizar as situações adversas na igreja daquela cidade (I Co. 4.17). Como a viagem de Timóteo não surtiu o efeito desejado, o próprio Apóstolo se encarrega de fazer uma viagem para Corinto (II Co. 12.14; 13.1). Mesmo assim, o resultado da viagem não foi satisfatório (II Co. 2.5; 7.12). Ao invés de chegar a um consenso em relação aos problemas da igreja, Paulo é rejeitado por alguns crentes de Corinto. Tais pessoas acusam-no de leviandade (II Co. 1.15), de não ter carta de recomendação (II Co. 3.1), de dar motivo de escândalo (II Co. 5.11; 6.3-4); de se beneficiar pessoalmente das ofertas (II Co. 7.2; 12.16), de usar sua oratória em benefício pessoal (II Co. 10.10; 11.6), questionam especificamente o apostolado de Paulo. Esse é justamente o objetivo de Paulo nessa Epístola: a defesa do seu apostolado. O versículo-chave que expressa esse intento se encontra em II Co. 4.7: “Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor, e a nós mesmos como vossos servos por amor de Jesus Cristo”. Essa Carta provavelmente foi levada por Tito (II Co. 8.16), o qual deveria também ajudar a igreja a coletar uma oferta para os irmãos necessitados de Jerusalém. Essa Epístola, escrita provavelmente no ano 56 d. C., da Macedônia, está assim dividida: 1) Saudação e ação de graça (1.1-11); 2) A defesa de Paulo em sua relação com o evangelho (1.12-7.16); 3) A contribuição para os crentes necessitados de Jerusalém (8,9); e 4) Os detratores de Paulo na igreja de Corinto (10.1-13.10). A palavra-chave da Epístola é “consolo”, pois começa (II Co. 1.3) e com ela (II Co. 13.11). O verbo “consolar” - parakaleo - em grego, aparece dezoito vezes e o substantivo - paraklesis - “consolação”, onze vezes.


3. LIÇÕES A PARTIR DA II EPÍSTOLA AOS CORINTIOS


Ao longo do trimestre estudaremos a respeito de vários assuntos que tratarão a respeito dos seguintes aspectos da II Epístola de Paulo aos Coríntios: - o consolo de Deus em meio à aflição: as aflições nos ensinam a lidar com as circunstâncias e a depender de Deus; - a glória do ministério de Cristo: a glória do ministério cristão está na simplicidade e sinceridade com que se prega o evangelho e na salvação dos fiéis; - a glória das duas alianças: a glória da antiga aliança desvaneceu ante a glória superior da Aliança revelada em Cristo Jesus; - tesouro em vaso de barro: embora sejamos frágeis, Deus nos usa para proclamar as boas novas e dá-nos poder para realizarmos sua obra; - o ministério da reconciliação: consiste na proclamação da obra expiatória do Senhor Jesus Cristo; - Paulo, um modelo de líder-servo: não age egoisticamente, antes serve ao povo de Deus com o espírito voluntário e solícito; - Exortação à santificação: através de uma vida santificada e pura o crente dedica-se ao serviço de Cristo; - o princípio bíblico da generosidade: esse princípio deva fazer parte da atitude do crente que deverá faze-lo com alegria, pela graça de Deus; - A defesa da autoridade apostólica de Paulo: sem a autoridade espiritual recebida por Deus, o obreiro não pode desempenhar o ministério de Cristo com eficácia; - Características de um autêntico líder: a liderança cristã autêntica tem por objetivo maior servir a Deus e à igreja do Senhor; - Visões e revelações do Senhor: as experiências espirituais são importantes, mas não devem ser o requisito primário para o ministério cristão; - solenes advertências pastorais: uma das responsabilidades do pastor é a disciplina da igreja, mas essa deva ser feita com amor, a fim de que os membros do corpo se desenvolvam com saúde espiritual.

CONCLUSÃO

Nesta primeira aula destacamos alguns aspectos gerais da II Epístola de Paulo aos Coríntios, bem como os tópicos que serão estudados ao longo do trimestre. Esse estudo nos chega em momento propício, haja vista os equívocos atuais no ministério cristão, dentre eles destacamos: a profissionalização do pastorado, apostolado e bispado; o espírito torpe da ganância pelo dinheiro travestido de benção de prosperidade; e expansão do triunfalismo que se sobrepuja à cruz de Cristo. Oremos para que essas lições, tal como a bússula que norteia o navegador, conduzam os obreiros de Deus, especialmente os mais jovens, a fim de atentaram para o sentido real do ministério cristão.

Fonte: Escola Dominical na Web

29 de dez. de 2009

Lição 01 - A Defesa do Apostolado de Paulo

A Defesa do Apostolado de Paulo 

Leitura Bíblica em Classe
2 Coríntios 1.12-14; 10.4,5



Provavelmente a Segunda Epístola aos Coríntios foi escrita cerca de um ano depois da Primeira. Seu conteúdo está intimamente relacionado com o da primeira epístola. Aqui comenta-se particularmente a maneira como foi recebida a carta que Paulo escrevera anteriormente; esta foi tal que encheu o seu coração de gratidão a Deus, que o capacitou para desempenhar tão plenamente o seu dever para com eles. Muitos mostraram sinais de arrependimento e correção em sua conduta, mas outros ainda     seguiam aos seus falsos mestres; e como o apóstolo postergava a sua visita, por não desejar tratá-los com severidade, o acusaram de leviandade e mudança de conduta, de orgulho, vanglória e severidade, e falavam dele com  desprezo. Nesta epístola encontramos o mesmo afeto ardente de Paulo pelos discípulos de Corinto, que foi expresso na epístola anterior; o mesmo zelo pela honra do evangelho e a mesma ousadia para a repreensão cristã.


Paulo escreveu essa epístola a três classes de pessoas em Corinto:

1- Primeiro escreveu para encorajar a maioria da igreja que lhe era fiel, como seu pai espiritual.

2- Escreveu para contestar e desmascarar os falsos apóstolos  que continuavam a difamá-lo.

3- Escreveu, também, para repreender a minoria na igreja influenciada por seus oponentes e que não acatavam a sua autoridade e correção. Paulo reafirmou sua integridade e sua autoridade apostólica em relação a eles, esclareceu os seus motivos e os advertiu contra novas rebeliões.

II Coríntios têm três divisões principais. Na primeira, Paulo começa dando graças a Deus pela sua consolação em meio aos sofrimentos em prol do evangelho, elogia os coríntios por disciplinarem um grande transgressor e defende sua integridade ao alterar seus planos de viagem. Em 3.1_6.10, Paulo apresenta o mais extenso ensino do Novo Testamento sobre o verdadeiro caráter do ministério. Ressalta a importância da separação do mundo (6.11_7.1) e expressa sua alegria ao saber, através de Tito, do arrependimento de muitos na igreja de Corinto, que antes se desacatavam a sua autoridade apostólica. Nos capítulos 8 e 9, Paulo exorta os coríntios a demonstrar a mesma generosidade cristã e sincera dos macedônios, ao contribuírem na campanha por ele dirigida, a favor dos crentes pobres de Jerusalém. O estilo da epístola muda nos capítulos 10 a 13. Agora, Paulo defende o seu apostolado, discorrendo sobre a sua chamada, qualificações e sofrimentos como um verdadeiro apóstolo. Com isso, Paulo espera que os coríntios reconheçam os falsos apóstolos entre eles, o que os poupará de futura disciplina quando ele lá chegar. 
No primeiro capítulo de II Coríntios versículos 12-14, o apóstolo Paulo declara a sua própria integridade e a de seus companheiros de labor. Mesmo como pecador, ele somente podia regozijar-se e gloriar-se em ser realmente aquilo que professava. A consciência testifica acerca do curso e do teor que fazem parte da vida. Por isso podemos nos julgar, e não por este ou aquele ato isolado. Nossa conversão será bem ordenada, se vivermos e atuarmos sob o princípio da graça no coração. Tendo isto, podemos deixar o nosso caráter nas mãos do Senhor, mas usando os meios apropriados para demonstrá-lo, quando o mérito do evangelho ou nossa utilidade assim o exigir.

Lições Bíblicas ~> Jovens e Adultos (1º Trimestre de 2010)



1º Trimestre de 2010

A cada trimestre, um reforço espiritual para aqueles que desejam edificar suas vidas na Palavra de Deus.
 

No 1º trimestre de 2010, estaremos estudando o tema 2ª Coríntios - "Eu, de muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas."
 

Comentarista: Pastor Elienai Cabral

  SUMÁRIO DA LIÇÃO:
1- A Defesa do apostolado de Paulo
2- O Consolo de Deus em meio à aflição
3- A Glória do ministério Cristão
4- A Glória das duas alianças
5- Tesouro em vasos de barro
6- O Ministério da reconciliação
7- Paulo, um modelo de líder servidor
8- Exortação à santificação
9- O Princípio biblico da generosidade
10- A Defesa da autoridade apostólica de Paulo
11- Caraterísticas de um autêntico líder
12- Visões e revelações do Senhor
13- Solenes advertências pastorais